Desde a queda da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, numa trilha no monte Rinjani, na Indonésia, as equipes vêm encontrando dificuldades de acesso ao local onde ela foi vista pela última vez; na última segunda-feira, dia 23, drones a localizaram a cerca de 500 metros abaixo da trilha.
Fonte: O TEMPO
De acordo com a irmã da vítima, Mariana Marins, a agência responsável pelo resgate de Juliana mentiu e cometeu alguns descasos com a sua irmã. “A gente teve também alguns percalços durante esse tempo da madrugada que a gente virou, que a gente teve algumas mentiras vindas da agência que ela contratou, a agência estava em contato com a embaixada, porque tem uma pessoa local que trabalha na embaixada brasileira lá na Indonésia“.
Após conversar com outras pessoas que também estavam na trilha, Mariana soube que a tentativa de resgate não passava de mentiras e que a equipe sequer havia chegado ao local. “Para a gente foi muito angustiante também isso sem saber se era verdade ou mentira, até a gente ter confirmação também visual de que a equipe já estava no local“, afirmou.
Além das dificuldades já apresentadas, a irmã de Juliana ainda relatou outras situações de descaso da agência, como o tempo de demora para o salvamento, que chegou a 17 horas.
“Não estamos tendo muito apoio deles [a agência]. O primeiro socorro foi chamado por eles, a gente teve esse apoio, porém esse socorro demorou 17 horas para chegar e era para ter chegado entre 5 e 7 horas.“, relatou.
Em entrevista ao UOL, Mariana revelou que não foi a agência turísticas que contatou a família para informar do acidente, mas sim, outros turistas que passaram pelo local: “A agência em si chamou o resgate, mas não contactou a gente, a gente não soube pela agência que a Juliana tinha sofrido o acidente, que tinha saído da trilha, a gente soube por outros turistas que passaram no local, 3h30 depois que ela já tinha caído, então a gente achava que ela estava só na trilha, ela avisou para a gente que ela não ia ter sinal lá“.
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Por que a demora no resgate?
O resgate no local do acidente é dificultado por diversas condições, como o clima instável, a baixa visibilidade e o terreno acidentado. A densa neblina, chuva e outras intempéries impedem que a ação seja realizada durante a noite. As cordas utilizadas para alcançar a brasileira não foram o suficiente para chegar até ela.
O uso do helicóptero tem sido descartada no momento devido às más condições. A neblina densa, bem como o vento forte e as mudanças de temperaturas na montanha, aumentam consideravelmente o risco de novos acidentes, além de limitar a visibilidade no local.

Fonte: Estadão
Apesar de ter sido localizada por drones, Juliana encontra-se imóvel, presa a um imenso paredão rochoso. De acordo com a amiga de Juliana, Lara Fassarella Pierri, os montanhistas que estão em busca da brasileira, irão utilizar cordas que tem aproximadamente 450 metros para tentar alcançá-la.
A família da brasileira negou as informações divulgadas pelas autoridades indonésias de que a jovem teria recebido comida, agasalho e água. Segundo eles, o resgate é “lento, sem planejamento, competência e estrutura“. Ainda em tom de crítica, eles apontaram que apesar do acidente, o parque segue aberto ao turismo, mesmo havendo uma pessoa há dias sem socorro.
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