A decisão de remover o catálogo musical de Flordelis das plataformas digitais causou grande repercussão nas redes sociais e gerou uma onda de protestos por parte de familiares, fãs e membros de sua defesa. A ex-deputada federal e cantora gospel, atualmente presa pelo assassinato do marido, teve todas as suas músicas excluídas do YouTube e serviços de streaming. A atitude foi atribuída à gravadora MK Music, que ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.

Domingo Espetacular/Reprodução

Carta aberta de repúdio

Por meio das redes sociais oficiais de Flordelis, familiares divulgaram uma carta aberta em tom de revolta, na qual criticam duramente a retirada do conteúdo musical: “É revoltante a tentativa de boicote velado às obras de Flordelis”, diz a publicação.

O texto destaca a relevância da trajetória artística da ex-deputada no universo gospel e afirma que suas músicas marcaram gerações: “Apagar sua obra é também apagar uma parte significativa dessa trajetória”, afirmam os familiares, pedindo que a gravadora reavalie sua decisão.

Defesa alega censura

A advogada de Flordelis, Janira Rocha, também se pronunciou nas redes sociais e reforçou o sentimento de indignação diante da atitude da gravadora: “Fomos pegos de surpresa. Sem aviso, sem comunicado, sem qualquer explicação”, declarou.

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Na nota divulgada, a defesa caracteriza a exclusão das músicas como um atentado contra a liberdade artística e levanta um questionamento: “A quem interessa esse apagamento?”.

A advogada ainda destacou o alcance emocional das composições da cantora: “A música da Flordelis não é só dela. É nossa”.

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Gravadora silencia

Procurada pela imprensa, a assessoria da MK Music, gravadora responsável pela carreira musical de Flordelis por muitos anos, não se pronunciou até o fechamento desta reportagem.

A ausência de resposta apenas intensificou o debate público, especialmente entre admiradores do trabalho da cantora, que consideram a medida uma forma de exclusão cultural.

Relembre o caso

Flordelis foi condenada a 50 anos e 28 dias de prisão por uma série de crimes, incluindo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documentos falsos e associação criminosa armada.

O crime que culminou em sua condenação ocorreu em junho de 2019, quando seu marido, o pastor Anderson do Carmo, foi assassinado a tiros na garagem da casa da família, em Niterói (RJ).

De acordo com as investigações conduzidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, Flordelis foi apontada como mandante do crime, com a participação de filhos e outros membros da família. As motivações estariam relacionadas a disputas internas por poder e controle financeiro.

Obra em debate

Mesmo diante da gravidade das acusações e da condenação judicial, a exclusão do conteúdo musical reacendeu discussões sobre o limite entre a vida pessoal de um artista e sua produção cultural. Para os familiares e defensores de Flordelis, o legado artístico deveria ser preservado, independentemente de sua situação criminal.

Enquanto a gravadora mantém o silêncio, o debate segue dividido entre quem acredita que a exclusão é justa e quem defende a permanência da obra nas plataformas.

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