Gêmeos siameses são gêmeos idênticos, que nasceram unidos um ao outro em uma ou várias regiões do corpo. Como por exemplo: cabeça, costas, tronco, quadris ou ombros. Podendo ainda compartilhar órgãos, como coração, pulmão, intestino ou cérebro.

O nascimento de gêmeos siameses, também chamados de gêmeos conjugados ou gêmeos xifópagos, é raro. No entanto, devido à alguns fatores genéticos, durante o processo de fecundação pode não haver a separação do embrião no tempo adequado, o que leva ao nascimento dos gêmeos siameses.

Claro que, por serem casos raros ainda nos dias atuais, acabamos tendo diversas dúvidas sobre o cotidiano de gêmeos siameses. Sempre houveram questionamentos sobre ambos sentirem dores, conseguirem compartilhar pensamentos, etc. Porém, uma das dúvidas mais inusitadas é: o que acontece se um dos gêmeos cometer um crime, mas o outro for inocente?

O problema ético é evidente: punir um dos irmãos seria injusto com o outro que não cometeu nenhum delito. Esse enigma ganhou certo destaque em 2009, tornando-se a questão do ano para o “The Explainer”. Porém, não recebeu respostas claras devido à raridade desses casos.

Sem exemplos históricos

Exemplos históricos disso, são escassos. Os gêmeos siameses Chang e Eng Bunker foram presos após uma briga com um médico, mas não enfrentaram julgamento. Apesar de cada um ter se casado com uma mulher diferente, eles não foram acusadas de bigamia, indicando que a lei as reconhecia como indivíduos distintos. Isso levanta mais questionamentos sobre como a lei interpreta gêmeos siameses em diferentes contextos.

 Chang e Eng Bunker com suas esposas e filhos - Foto: Wikimedia Commons

Chang e Eng Bunker com suas esposas e filhos – Foto: Wikimedia Commons

Os desafios práticos de lidar com gêmeos siameses que cometerem crimes são enormes, já que qualquer punição afetaria ambos. Esse cenário alimenta um debate em curso sobre como a legislação deve lidar com casos tão raros e complexos.

Sem exemplos históricos claros ou precedentes legais estabelecidos, a questão permanece em grande parte teórica, porém profundamente intrigante. Na prática, especialmente no Brasil onde tal situação nunca ocorreu, o mistério continua sem solução definitiva.

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O que você acha que deveria acontecer nesses casos?