Como todos nós sabemos, os vasos sanitários são utilizados para levar os restos produzidos pelo nosso corpo, esgoto abaixo, com o uso de um forte jato de água para empurrá-los. Quando apertamos a descarga, não existem partículas visíveis a olho nu e elas são jogadas na direção contrária sem percebermos. Ou seja: elas são jogadas para fora da privada. Para ficar ainda mais claro, cientistas utilizaram lasers para mostrar a seriedade da situação, e as próximas imagens vão te chocar.

O problema das partículas que saem para fora do vaso, vão além da nojeira: elas também espalham doenças. Após os casos com covid-19, ficou claro o quanto patógenos podem ser espalhados pelo ar, ameaçando nossa saúde e de pessoas próximas. Com câmeras especiais e lasers luminescentes verdes, pesquisadores da Universidade do Colorado puderam demonstrar o alcance das gotas e das substâncias que elas transportam.

Privadas e suas partículas

Cientistas já vêm avisando sobre o perigo dos banheiros públicos e suas ejeções de partículas, que incluem fezes, urina e patógenos como o SARS-CoV-2, Clostridium difficile (bactéria causadora da colite pseudomembranosa), Legionella (causadora da legionelose) e E. coli (que pode causar alguns tipos de doenças no intestino e até meningite). Sem a visualização do fenômeno, no entanto, era difícil entender sua gravidade.

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Com as filmagens e fotografias do estudo feito recentemente, publicado na revista científica Scientific Reports na última quinta-feira (8), foi possível identificar gotículas saindo para fora do vaso sanitário, a velocidades de até 2 metros por segundo, chegando a 1,5 metros acima da privada em 8 segundos, mesmo com a desaceleração. As gotículas mais pesadas caíram mais rápido, mas as pequenas ficaram no ar por vários minutos.

Assista ao vídeo:




Os aerossóis continuaram se deslocando para fora da privada por mais de 60 segundos, chegando na altura média do nariz de quem está no banheiro. Como a água costuma evaporar, é possível que os cálculos mostrem menos intensidade do que a real, e há ainda outros fatores a se considerar. Partículas sólidas são levadas com o fluxo do ar, então, a ventilação as espalha, bem como a abertura de portas e movimentação humana pelo local. Fora passar o ar por um purificador, não há maneira realmente eficiente de retirar as impurezas.

As partículas mais finas podem ser ainda mais perigosas, pois escapam pelos folículos do nariz com maior facilidade, e um clima mais frio também pode potencializar a transmissão de doenças, já que o sistema imune funciona de forma diferente para doenças respiratórias nessas condições. Alguns banheiros públicos não possuem tampas que vedem o spray de partículas da descarga.

Os cientistas esperam que a visualização mais crua do fenômeno possa ajudar em decisões de saúde pública como ventilações ou precipitadores eletrostáticos, que removem partículas com carga elétrica, por exemplo. Mas a princípio, é melhor fechar a tampa na hora de dar a descarga em casa.

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Você dá descarga com a tampa levantada?