A reestreia do ‘Linha Direta’ nesta quinta-feira (4) trouxe novamente os holofotes para o caso de Eloá Cristina, que chocou o país em 2008. A estudante de 15 anos foi assassinada pelo ex-namorado Lindemberg Alves após cinco dias de sequestro, que foram transmitidos ao vivo para todo o Brasil pela imprensa.

Depois da morte trágica da filha, a recepcionista Ana Cristina Pimentel da Silva tomou a bela decisão de doar os órgãos de Eloá. Cinco pacientes receberam os órgãos da jovem. Dentre eles, a história de Maria Augusta da Silva dos Anjos chama atenção, mas seu desfecho parte o coração de qualquer um.

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Segundo o g1, a mulher tinha um grave problema no coração e realizou o transplante com o órgão de Eloá no dia em que completou 39 anos. “Agradeço à mãe de Eloá por ter permitido a doação dos órgãos da garota. Após o transplante, às 8h do dia 20 de outubro, data do meu aniversário… amanheci com o presente novo, com o coração novo“, contou ela.

O ventrículo esquerdo de seu coração não bombeava o sangue corretamente e o transplante era urgente. “Eu tinha problemas cansaço, falta de ar, insuficiência respiratória. Unhas eram todas roxinhas, os lábios roxos, a pele parecia azulada por causa do sangue que não circulava direito. Descobri essa doença com 6 anos“, continuou Maria Augusta.

Recebi a notícia por telefone. Meu médico ligou: ‘vem para o hospital que eu acho que você vai ganhar o coração daquela moça, a Eloá’. Eu soube do caso pela TV. Fiquei internada do dia 8 de outubro até dia 18 de outubro“, disse, completando que o médico a avisou que iria ser assediada pela mídia devido à repercussão do caso de Eloá.

Eu acredito que ela [mãe de Eloá] ficou muito feliz quando se encontrou comigo e de ver o coração da filha dela batendo no meu peito. Ela estava muito alegre de ver que um pedaço da filha dela está aqui em mim“, relatou a vendedora na época.

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Infelizmente, Maria Augusta foi contaminada pelo coronavírus em 2021 e não resistiu às complicações da doença. A mulher, que tinha 52 anos quando faleceu, chegou a ser internada no Hospital Santa Terezinha de Paraupebas (PA), mas chegou a ter 75% do pulmão comprometido e se tornou uma das 700 mil vítimas da doença no Brasil.

Ana Cristina Pimentel lamentou publicamente a morte da vendedora quando soube da notícia. “Eu não esperava. Eu estava torcendo para a Augusta se recuperar. Para mim foi muito triste. Minha família, meus filhos estão tristes. Minha filha faria 28 anos se estivesse viva. Augusta era como uma filha para mim também, pois ela carregava o coração de Eloá“, desabafou a mãe da menina.

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