Depois do escândalo envolvendo a Americanas, outra gigante do mercado brasileiro está passando por um caos financeiro. A Ambev, que pertence ao mesmo trio de empresários bilionários donos da varejista, está sendo acusada de inconsistências tributárias que beiram os R$ 30 bilhões.
A afirmação foi feita pela Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) após o resultado de um estudo contratado pelo órgão que representa cervejarias menores. Enquanto o rombo da Americanas foi causado por uma dívida bilionária com bancos, a suposta dívida da Ambev envolve o pagamento de impostos municipais, estaduais e federais.
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Segundo a consultoria AC Lacerda, a Ambev teria inflacionado do preço da matéria-prima para a produção do refrigerante, passíveis de isenção e geração de créditos fiscais na Zona Franca de Manaus. Assim, a empresa estaria lucrando com o acumulo de créditos tributários que não teriam direito.
Paulo Petroni, diretor-geral da CervBrasil, declara que os relatórios de fiscalização da Refeita Federal registram essa prática desde, pelo menos, 2017. Os documentos apontam “bilhões e bilhões de ilícitos tributários cometidos pelos fabricantes de concentrados de refrigerantes na Zona Franca de Manaus”.
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Por volta das 14:30 dessa quarta-feira (1º), as ações da Ambev estavam em queda livre no Ibovespa e chegaram a uma baixa de 5,93%. Em uma nota enviada a coluna Radar Econômico, da revista VEJA, que trouxe a denúncia a público, a empresa nega as acusações.
“As acusações da Cervbrasil não têm qualquer embasamento. Calculamos todos os nossos créditos tributários estritamente com base na lei. Nossas demonstrações financeiras cumprem com todas as regras regulatórias e contábeis, as quais incluem a transparência do contencioso tributário. A Ambev está entre as 5 maiores pagadores de impostos no Brasil“, declarou.
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